Segunda-feira (11/08)
19H - 21H30
Auditório Zeferino Vaz
Descrição:
A mesa propõe uma abordagem multidisciplinar do fenômeno da fome e da insegurança alimentar em nosso país, articulando suas raízes históricas aos determinantes contemporâneos. Confrontando o “mito do desenvolvimento” que ainda permeia narrativas oficiais, busca-se compreender como a formação socioeconômica brasileira levou quase 40 milhões de pessoas a viverem sob insegurança alimentar moderada ou grave. O problema persiste, tanto pela volatilidade de preços internacionais, que provoca desabastecimento de alimentos no país, quanto pelo descompasso entre a pauta de produção nacional e a demanda interna. Ainda existem muitos outros fatores que agravam a insegurança alimentar, como a escalada no consumo de ultraprocessados, cujos impactos evidenciam a importância desse vetor para se pensar o Brasil.
Convidados:
Weruska Davi Barrios: É nutricionista com mestrado em Ciências, Tecnologia e Gestão Aplicadas à Regeneração Tecidual pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e especialista em Nutrição Humana Aplicada à Prática Clínica pelo Centro Universitário Ítalo Brasileiro. É docente convidada do curso de Pós-Graduação Materno Infantil do Insira Educacional, integra o Conselho de Alimentação Escolar (CAE) do Município de São Paulo e coordena o GENELAC (Grupo de Estudos em Nutrição Enteral e Lactário) e o NUTRILIDER (Grupo de Estudos em Gestão da Nutrição Hospitalar). Sua prática profissional enfatiza a gestão de Unidades de Alimentação e Nutrição (UAN), gestão de lactário, dietoterapia e gastronomia hospitalar. Além disso, é sócia proprietária da Grão Consultoria e Assessoria Nutricional, empresa especializada em serviços de HealthCare, UAN e Alimentação Escolar.
Fábio Antonio De Campos: É professor doutor do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), onde concluiu mestrado em História Econômica e doutorado em Desenvolvimento Econômico. Desde 2011, coordena o projeto “A Questão Nacional diante da Transnacionalização do Capital” e se consolida como referência na interface entre economia internacional e desenvolvimento nacional. Sua produção acadêmica abrange a organização do volume eletrônico “Imperialismo, Subdesenvolvimento e Território” e diversos artigos em periódicos especializados. Sua trajetória marca-se pela ênfase em investimentos internacionais e ajuda externa, abordando temas como política econômica, história do pensamento econômico, condições econômicas do Brasil, historiografia brasileira e desenvolvimento econômico.
Antonio Marcio Buainain: É professor livre‑docente do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e pesquisador sênior no Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Políticas Públicas, Estratégias e Desenvolvimento (INCT/PPED). Formou-se em Economia e Direito, especializou-se em Economia Política no Birkbeck College (Universidade de Londres), concluiu mestrado em Economia e Sociologia na UFPE e obteve doutorado em Economia pelo Instituto de Economia da Unicamp. Integra o Grupo de Estudos em Organização da Pesquisa e Inovação (GEOPI), vinculado ao Instituto de Geociências da Unicamp, e o Núcleo de Economia Agrícola e do Meio Ambiente (NEA‑IE/Unicamp). Sua produção acadêmica concentra-se em reforma agrária, agricultura familiar, inovação tecnológica, agronegócio e propriedade intelectual.
Sílvio Isoppo Porto: É professor do curso de Licenciatura em Educação do Campo – Ciências Agrárias, vinculado ao Centro de Formação de Professores (CFP) da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). Atualmente doutorando no programa de Meio Ambiente e Sociedade, com ênfase em Agroecologia, na Universidade Pablo de Olavide (UPO), em Sevilha, Espanha. É mestre em Agroecologia por meio de um consórcio entre a Universidade Internacional da Andaluzia, a Universidade de Córdoba e a própria UPO, com diploma revalidado no Brasil pelo Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Rural (PGDR) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Concentra-se nas áreas de desenvolvimento rural, agroecologia, abastecimento e segurança alimentar e nutricional. Atuou na coordenação de projetos voltados à inclusão produtiva de mulheres quilombolas e à promoção de transições justas para sistemas.