MÍDIA
Em entrevista à agência Xinhua, o professor Roberto Borghi (IE-Unicamp) afirmou que a defesa do multilateralismo e a promoção de uma cooperação “ganha-ganha” são pilares centrais da política internacional da China diante do avanço do protecionismo global.
Borghi observou que o cenário pós-pandemia agravou as tensões geopolíticas, as disputas comerciais e a fragmentação das cadeias produtivas, tornando mais difícil a ação coletiva frente a desafios comuns. Nesse contexto, destacou que a ampliação da abertura econômica chinesa e iniciativas como a Nova Rota da Seda reforçam o compromisso do país com uma integração internacional baseada em respeito mútuo e benefícios compartilhados.
Segundo o professor, a China busca exercer liderança na promoção de um desenvolvimento mais inclusivo, com foco em inovação tecnológica, economia digital e transição verde — áreas nas quais o país se tornou referência mundial. Ele também ressaltou que a cooperação sino-brasileira na agenda climática, especialmente no contexto da COP30 em Belém, reflete convergências na transição energética e na busca por prosperidade comum.
Borghi concluiu que, ao contrário de potências que recorrem ao unilateralismo, a China mantém uma postura de diálogo e defesa das soluções multilaterais, contribuindo para a construção de uma ordem internacional mais equilibrada.
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