MÍDIA

 

Lançado em 2020 pelo Banco Central, o Pix se tornou em poucos anos o principal sistema de pagamento do Brasil, presente em 93% da população bancarizada e já responsável por 40% das transações do país. Com operações instantâneas, custo reduzido e novas funcionalidades — como Pix automático, internacional e, em breve, Pix crédito — o sistema redefine a lógica bancária e ameaça redes globais como Visa e Mastercard.

Os impactos vão além da eficiência: segundo analistas, o Pix bancarizou 15 milhões de brasileiros, reduziu drasticamente custos para pequenos negócios e abriu caminho para que o Estado assuma o protagonismo no mercado de pagamentos.

Mas os efeitos estratégicos são ainda mais profundos. Bruno de Conti, professor do Instituto de Economia da Unicamp, enfatiza que o Pix protege a soberania nacional ao impedir que poucas fintechs privadas — nacionais ou estrangeiras — passem a controlar a moeda, as transações e os dados dos cidadãos. Para ele, esse cenário representaria um risco de instabilidade econômica e de perda de autonomia em caso de crises financeiras.

O avanço do Pix, somado ao futuro lançamento do Drex e à possibilidade de integração com sistemas da China, Rússia e Índia, abre também uma frente geopolítica: a criação de um “Brics Pay” capaz de reduzir a dependência global do dólar.

 

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